quarta-feira

Peças de arte e artistas citados na obra de Gabo



Praxiteles
citado no livro Memória de minhas putas tristes

Havia crescido, mas não se notava em sua estatura e sim na maturidade intensa que fazia com que parecesse ter dois ou três anos a mais, e mais nua que nunca. Seus pômulos altos, a pele tostada pelos sóis do mar bravio, os lábios finos e o cabelo curto e cacheado infundiam em seu rosto o resplendor andrógino do Apolo de Praxíteles.


Édouard Manet
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Cada palmo do quarto parecia saturado de sua intimidade. Não estava em pura carne, pois tinha na orelha uma flor venenosa de pétalas alaranjadas, como a Olímpia de Manet, e também usava uma escrava de ouro no pulso direito e uma gargantilha de pérolas miúdas.


Orlando Rivera
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Fui às dez da noite com um chofer conhecido pela estranha virtude de não fazer perguntas. Levei um ventilador portátil e um quadro de Orlando Rivera, o querido Figurita, e um martelo e um prego para pendurá-lo.




quinta-feira

Quem somos

O Criador do Acervo

Me chamo J Jhony dos Santos Marque e sou capixaba de Nova Venecia. Moro em Londres ha 2 anos e sempre fui apaixonado pelo realismo fantastico do Gabriel Garcia Marquez desde quando, pela primeira vez aos 12 anos, li Cem anos de Solidao. desde entao, acredito ter lido pelo menos 90% de toda a sua obra e ter assitido todos os filme ja feitos inspirados nele.

Este blog surgiu com a ideia de juntar todos os trabalhos dele em um so lugar, todos os livros, filmes, pecas... tudo que de um jeito ou de outro estivesse relacionado com ele.

Se voce tem alguma coisa a dizer, eu gostaria de ouvir e voce pode entrar em contato comigo pelo twitter, facebook ou email: jjmarquete@gmail.com. Eu vou adorar ouvir o que voce tem pra dizer.

Ps. esse site esta em constante mutacao, tenho feito ele no meu tempos livres e estou procurando por parceiros, assim como eu, apaixonados pelo Gabo, para terminar o projeto.

quarta-feira

ÓPERA - Do Amor e Outros Demônios









É uma ópera em dois atos DO compositor húngaro Péter Eötvös para um libreto de húngaro Kornél Hamvai. estreou em 10 de agosto de 2008 no Festival de Glyndebourne. A ópera é o resultado de uma comissão por Glyndebourne ea BBC, que foi transmitido na íntegra na BBC Radio 3 no sabado 11 out 2008.

Geralmente, Do Amor e Outros Demônios consistentemente usa vários idiomas. Peter Eötvös e Kornél Hamvai deram aos diferentes níveis de narração e ação na história a sua própria língua característica: o Inglês é a "linguagem cotidiana" dos nobres, o latim é a língua dos ritos da igreja, o espanhol é usado por Delaura sempre que suas conversas com Sierva tocar em sentimentos pessoais, e iorubá é a língua secreta dos escravos

Filmes, diretores e artistas citados na obra de Gabo



No conto A Luz é Como a Água de Doze Contos Peregrinos

enquanto os pais viam O Último Tango em Paris, encheram o apartamento até a altura de duas braças, mergulharam como tubarões mansos por baixo dos móveis e das camas...

Na quarta-feira seguinte, enquanto os pais viam A Batalha de Argel, as pessoas que passaram pela Castellana viram uma cascata de luz que caía de um velho edifício escondido entre as árvores


no Livro Memória de minhas putas tristes
Mais, porém, que os filmes me interes-savam as pássaras da noite que se deitavam pelo preço da entrada ou davam de graça ou fiado. Pois o cinema não faz meu género. O culto obsceno de Shirley Temple foi a gota que trans-bordou o copo.


Lugares e países citados na obra de Gabo


Veja o mapa numa janela maior





Mercado de Pulgas No conto Boa Viagem, Senhor Presidente do Doze Contos peregrinos

No sábado anterior, quando o tempo começou a mudar, o havia visto comprando um abrigo de outono com uma gola de falso visom, mas não nas lojas luminosas da rue du Rhône, onde compravam os emires fugitivos, e sim no Mercado de Pulgas.



Livros e escritores citados na obra de Gabo



Schiller
Citado 4 vezes no conto O verao feliz da senhora Forbes do livro Doze contos peregrinos. Die Jungfrau von Orleans e uma peca escrita por ele baseada livremente na vida de Joana D'Arc:

No começo ela ficava na praia debaixo do guarda-sol colorido, vestida de guerra, lendo baladas de Schiller enquanto Oreste nos ensinava a mergulhar

Depois, a escutávamos falando sozinha em seu quarto, a ouvíamos recitando em seu alemão melodioso fragmentos completos de Die Jungfrau von Orleans, a ouvíamos cantar, a ouvíamos soluçando na cama até o amanhecer, e depois aparecia no café da manhã com os olhos inchados de lágrimas, cada vez mais lúgubre e autoritária.

Naquela madrugada tornou a falar sozinha um tempão, declamou Schiller em altos brados, inspirada por uma loucura frenética, e culminou com um grito final que ocupou todo o espaço da casa.

....e que a senhora Forbes as havia recebido com a mesma paixão, sem nem mesmo gritar, sem chorar, recitando Schiller com sua bela voz de soldado, consciente de que era o preço inexorável de seu verão feliz.


Aimé Césaire
Citado no Conto Boa viagem, senhor presidente
O presidente contou a eles, depois da sobremesa, que havia escolhido a ilha de Martinica para seu desterro, pela amizade com o poeta Aimé Césaire, quen aquela época acabava de publicar seu Cahier d'un retour au pays natal


Francisco Delicado
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Recordo que eu estava lendo La lozana andaluza na rede do corredor, e a vi por acaso inclinada no tanque com uma saia tão curta que deixava a descoberto suas coxas suculentas.


Rodrigo Caro
citado no livro Memória de minhas putas tristes
A única coisa que pude fazer por eles foi mantê-los debaixo do terror de minha régua de madeira para que pelo menos levassem a lembrança do meu poema favorito: Estes, Fábio, ó dor, que vês agora, campos de solidão, de-solados outeiros, foram noutro tempo a Itálica famosa.


Thomas Mann
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Afinal, para o que me falta fazer neste mundo, me bastariam os dicionários de todo tipo, com as duas primeiras séries dos Episódios nacionales de dom Benito Pérez Galdós, e com A montanha mágica, que me ensinou a entender os humores de minha mãe desnaturalizados pela tísica.


Álvaro Cepeda Samudio
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Levei também um desenho que Cecilia Porras havia feito para Todos estábamos a la espera, o livro de contos de Álvaro Cepeda. Levei os seis volumes de Juan Cristóhal, de Romain Rolland, para pastorear minhas vigílias.


Antoine de Saint-Exupéry
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Comecei a ler para ela O pequeno príncipe de Saint-Exupéry, um autor francês que o mundo inteiro admira mais que os franceses. Foi o primeiro que a distraiu sem despertá-la, a ponto de eu precisar ir até lá dois dias seguidos para acabar de lê-lo.


Charles Perrault, etc..
citado no livro Memória de minhas putas tristes
Continuamos com os Contos de Perrault, a História sagrada, As mil e uma noites numa versão desinfetada para crianças, e pelas diferenças entre um e outro percebi que seu sono tinha diversos graus de profundidade segundo seu interesse pelas leituras.


Pablo Neruda
citado no livro Memória de minhas putas tristes
O incidente me abalou tanto que escrevi uma crônica para o domingo com um título usurpado de Neruda: Será um gato um tigre mínimo de salão? A crônica deu origem a uma nova campanha que outra vez dividiu os leitores a favor ou contra os gatos. Em cinco dias prevaleceu a tese de que podia ser lícito sacrificar um gato por motivos de saúde pública, mas não porque estivesse velho.


Giacomo Leopardi
citado no livro Memória de minhas putas tristes
E também percebi que era válida a verdade contrária: não trocaria por nada neste mundo as delícias do meu desassossego. Havia perdido mais de quinze anos tratando de traduzir os cantos de Leopardi, e só naquela tarde os senti a fundo: Ai de mim, se for amor, como atormenta.


Garcilaso de la Vega
citado diversas vezes no livro Do Amor e outros demônios
Estava convencido de que seu pai era descendente direto de Garcilaso de Ia Vega, a quem rendia um culto quase religioso, e disso dava conhecimento imediato
...
Falaram de livros, claro, e o bispo não podia crer que Delaura tivesse lido tanto com sua idade. Ele falou de Garcilaso. O mestre confessou que o conhecia mal, mas se lembrava dele como um poeta pagão que em toda a sua obra só mencionava Deus duas vezes.
...
Delaura não respondeu com os Evangelhos. Citou Garcílaso: -"Bem podes fazer isso com quem o possa aguentar. "
...
Repetiu em
voz alta os sonetos de amor de Garcilaso, assustado pela suspeita de que em cada verso havia uma premonição cifrada que tinha alguma coisa a ver com sua vida.
...
Sua própria voz o despertou de repente, e ele viu Sierva María com a bata de reclusa e a cabeleira de fogo vivo sobre os orribros, jogando fora o cravo murcho e pondo no lugar um ramo de gardénias recém-nascidas, da floreira da mesa grande. E Delaura, com voz ardente, repetiu Garcilaso: "Por vós nasci, por vós tenho a vida, por vós hei de morrer e por vós morro".
...
Alguma coisa mexeu no coração de Sierva María, pois ela quis ouvir o verso de novo. Ele o repetiu e dessa vez prosseguiu, com voz firme e bem-articulada, até o último dos quarenta sonetos do cavaleiro do amor e de armas, dom Garcilaso de La Vega, morto na flor da idade por uma pedrada de guerra.
...
Deixou-a desabafar. Depois ergueu-lhe o rosto e disse: Nada de mais lágrimas. - E concluiu com Garcilaso: - "Bastam as que por vós tenho chorado.


Gottfried
citado no livro Do Amor e outros demônios
O vice-rei seguiu a direção do indicador e topou com a fisionomia distante e os olhos atônitos que o fitavam sem pestanejar. Perguntou a Delaura com um interesse real:
- Leste ?
- Sim, Excelência - disse Delaura, e acrescentou: - Pela natureza do meu cargo.


Francesco Petrarca
citado no livro Do Amor e outros demônios
Delaura estava pasmo com a quantidade de livros acumulados na sala. Abrenuncio reparou, e levou-o à botica, onde havia muitos mais, em estantes que iam até o teto.
- Espírito Santo! - exclamou Delaura. - Isto é a biblioteca de Petrarca.
Com uns duzentos livros mais - disse Abrenuncio.


Voltaire
citado no livro Do Amor e outros demônios
Delaura os reconhecia e folheava, guloso, repondo-os nas estantes com dor na alma. Em posição privilegiada, com o eterno Fray Gerundio, encontrou Voltaire completo em francês e uma tradução para o latim das Cartas filosóficas.
- Voltaire em latim é quase uma heresia- disse brincando.


José Francisco de Isla y Rojo
citado no livro Do Amor e outros demônios
Delaura os reconhecia e folheava, guloso, repondo-os nas estantes com dor na alma. Em posição privilegiada, com o eterno Fray Gerundio, encontrou Voltaire completo em francês e uma tradução para o latim das Cartas filosóficas.
- Voltaire em latim é quase uma heresia- disse brincando.


Amadis de Gaula
citado no livro Do Amor e outros demônios
Sem anunciar, o médico o pôs diante de um livro que ele reconheceu ao primeiro golpe de vista. Era uma antiga edição sevilhana dos quatro livros do Amadís de Gaula. Delaura, trêmulo, folheou-o e percebeu que estava à beira de renunciar a toda e qualquer salvação. Afinal se atreveu:
- Sabe que este é um livro proibido?




Foto tirada por Patrick Curry.