Georges Brassens. Les Lilas | ||
Um rebocador descia pelo Rodano com um radio a todo volume que ia deixando pelas ruas uma trilha de musica. George Bassens cantava Mon amour tiens bien la, barre, le temps va passer par la, et le temps est un barbare dans le genre d'Attila, par la ou son cheval passe Vamour ne repousse pas." no conto Boa Viagen senhor presidente |
David Oistrakh
Citado no conto Tramontana
Eu havia entrado pouco antes com um grupo despois do ultimo concerto de David Oistrakh no Palau de la Musica, e fuquei arrepiado com a incredulidade dos suecos.
Domenico Scarlatti
Citado em Do amor e outros demonios
Dona Olalla tinha sido aluna de Scarlatti Domenico em Segóvia e obtivera com louvor a licença para ensinar música e canto em escolas e conventos.
Raul Shaw Moreno - Sabras que te queiro
Então apoiei a nuca no encosto do banco, fechei os olhos e me deixei levar pela corrente de boleros que fluíam sem parar do rádio. Boleros de sempre: Raul Chu Moreno, Lucho Gatica, Hugo Romani, Leo Marini. (...) Eu tornei a fechá-los, e comecei a cantar com o rádio: Que te quiero, sabrás que te quiero. Os italianos deitados no compartimento de carga me fizeram coro. O motorista se entusiasmou.
Rocio Jurado - Como una ola
Depois do desfile inicial, ficou sozinha no palco uma morena de redondezas astronômicas que requebrava e movia os lábios para fingir que era ela quem cantava a todo volume a canção de um disco de Rocío Jurado.
Carlos Gardel - El dia que me quieras
Cantávamos duetos de amor de Puccini, boleros de Agustín Lara, tangos de Carlos Gardel, e comprovávamos uma vez mais que aqueles que não cantam não podem nem imaginar o que é a felicidade de cantar.
Enrico Caruso
Citado em Memorias de Minhas putas tristes
Comecei a cantar. Primeiro para mim mesmo, em voz baixa, e depois a todo vapor, com ares do grande Caruso, pelo meio dos bazares atopetados e o tráfego demente do mercado público.
Arthur Rubinstein
Citado no Conto Boa Viagem, Senhor Presidente
Certa noite, viu-o debaixo da primeira garoa, sem abrigo ou guarda-chuva, fazendo fila com os estudantes para um concerto de Rubinstein.
Mozart
Citado no Conto Boa Viagem, Senhor Presidente
No salão, os lustres estavam acesos em pleno dia, e o quarteto de cordas tocava um Mozart premonitório.
Citado no Livro Memórias de minhas putas tristes
e reservou-se este segundo andar para ser feliz com a filha de um deles, Florina de Dios Cargamantos, intérprete notável de Mozart, poliglota e garibaldina, e a mulher mais formosa e de melhor talento que jamais houve na cidade: minha mãe.
Quarteto em Sol de Mozart | ||
Havia mudado o velho rádio por um de ondas curtas que mantinha sintonizado num programa de música culta, para que Delgadina aprendesse a dormir com os quartetos de Mozart. No livro Memória de minhas putas tristes |
Tona, La negra | ||
A única ocupada estava à meia-luz, e Tona Ia Negra cantava no rádio uma canção de amores malogrados. No livro Memorias de minhas putas tristes |
Beniamino Gigli & Licia Albanese "O soave Fanciulla" | ||
Foi uma deflagração. O conde de Cardona estava escutando o dueto de amor de La Bohème, cantado por Licia Albanese e Beniamino Gigli, quando chegou até ele uma rajada casual das notícias do rádio que Maria dos Prazeres escutava na cozinha. No conto Maria dos Prazeres |
Suite para Cello 1 - Pablo Casals | ||
Às quatro tentei me apaziguar com as seis suítes para cello solo de Johann Sebastian Bach, na versão definitiva de dom Pablo Casais. No livro Memória de minhas putas tristes |
Stefan Askenase: Preludios, Op. 28, No. 1 - 7 | ||
Jamais soube quem me mandou um disco que trazia os vinte e quatro prelúdios de Chopin com Stefan Askenase. No livro Memória de minhas putas tristes |
Pedro Vargas - El Reloj | ||
O quintal estava em trevas, mas havia luzes de vida nas janelas e um emaranhado de músicas nos seis quartos. No meu, em volume mais alto, distingui a voz cálida de dom Pedro Vargas, o Tenor da América, num bolero de Miguel Matamoros. Senti que ia morrer. No livro Memória de minhas putas tristes |
Brahms - Sonata número um para violino e piano | ||
Às dez da noite, tremulo e com os lábios mordidos para não chorar, cheguei carregado de caixas de chocolates suíços, torrones e caramelos, e uma cesta de rosas ardentes para cobrir a cama. A porta estava entreaberta, as luzes acesas e no rádio se diluía a meio volume a sonata número um para violino e piano de Brahms. No livro Memória de minhas putas tristes |