quarta-feira

LIVRO - Memórias de Minhas Putas Tristes

Gabriel García Márquez narra o nonagésimo aniversário de um jornalista que resolve lhe dar de presente uma noite de amor com uma virgem. Muitos leitores chegam a comparar o livro a Cem Anos de Solidão devido a duração do estar só, do isolamento em Macondo. O tão sozinho jornalista passa a vida nos prostíbulos, contudo nunca teve um amor de verdade. Tinha medo de amar.

Resolve ligar para Rosa, uma velha conhecida, dona de uma casa, que lhe arranja Delgadina, uma jovem com corpo de menina. O jornalista se prepara com seu terno de linho e encontra Delgadina dormindo de costas na cama. A partir daí, começa a deslumbrar o corpo da menina, sente seu o corpo arder, mas não a acorda, prefere assim. Nos próximos encontros, Delgadina continua dormindo, mas parece que há um diálogo mental entre os dois, e o velho se apaixona como nunca antes. O texto se enche de humanidade, o homem percebe que continua potente, porém quer simplesmente um amor, uma companhia.

Descobre que nunca é tarde para amar, para ser amado e começar uma vida que nunca havia vivido. Uma vida mais completa, sem a monotonia de só escrever sua coluna dominical, ou seja, uma vida que tem razão. Nunca é tarde para começar.

Memórias de Minhas Putas Tristes foi transformado em filme em 2011.

O titulo do livro sofreu censura no Ira e na Polonia, onde foram publicados com o titulo 'Memorias de meus tristes amores'

No conto o Aviao da Bela Adormecida de 1982 presente no livro Doze Contos Peregrinos, Gabriel ja tinha feito uma referencia ao livro de Kawabata na qual ele se inspirou: Eu achava incrível: na primavera anterior havia lido um bonito romance de Yasumari Kawabata sobre os anciões burgueses de Kyoto que pagavam somas enormes para passar a noite contemplando as moças mais bonitas da cidade, nuas e narcotizadas, enquanto eles agonizavam de amor na mesma cama.



Foto tirada por Patrick Curry.